18 junho 2011

O Fim da Ilusão ?


O meu objectivo não é promover as vendas de livros ou apoiar este ou aquele ponto-de-vista.

Uso apenas este exemplo para mostrar as sincronicidades da consciência através, por exemplo, da sub-consciência.

Não li o livro mas conheço o autor das inúmeras entrevistas e artigos do opinião que tenho lido ao longo dos últimos 2 anos. Não tenho dúvidas que o conteúdo do mesmo se refere ao fim da ilusão da vida material, financeira e económica. Não me parece que contenha referências ao fim das ilusões espirituais, emocionais, aos desequilíbrios que teimamos em manter. E no entanto tudo está ligado.

Vejamos, começando pelo autor do livro, Medina Carreira. Medina tem o mesmo significado que almedina. De acordo com o dicionário é a parte mais antiga de uma cidade, em sítio elevado e com castelo. Medina é o local que nos permite ver mais além, com o maior alcance possível, com uma vista privilegiada. Associando o castelo, é fácil compreender que esta vista privilegiada servia para antecipar acontecimentos perigosos ou aproximação de inimigos e preparar a defesa. Para quem assiste às entrevistas do autor do livro, fica sempre a ideia de que estamos rodeados de inimigos, cujos ataques ou acções contribuem para a destruição daquilo a que o castelo serve para proteger. E depois faz "carreira" da defesa desta perspectiva dos acontecimentos associados à economia. Na minha opinião é um desperdício de uma energia muito boa que bem orientada poderia trazer grandes benefícios a todos.

A existência de inimigos, de conspirações organizadas para destruir a economia mundial, local ou para destruir seja lá o que for, faz parte das ilusões que exponho de forma a sermos conscientes das mesmas e a, de uma perspectiva mais elevada, vendo mais além do que a vista "normal" nos permitia, usemos uma nova vista privilegiada para vermos a solução. Iria mais longe e digo mesmo para sermos a solução. Tem que haver uma acção concreta, material, de uma intenção de mudança. É sermos. Não é esperar para ver, nem dar o benefício da dúvida a A, B ou C, etc.

Nós somos quem somos. Não somos o que um qualquer subsídio nos diz que quer que sejamos.

Para terminar e a título de exemplo, usando um personagem conhecido, famoso, e até bastante trabalhador, Cristiano Ronaldo, a quem associamos €€€€. A questão que deixo é, pagam-lhe para ser um bom jogador (e ele ficou à espera do salário milionário para se tornar num bom jogador), ou por ser quem é (bom jogador) atrai um salário milionário?